Boas histórias

O Encantador Universo Felino

By Aubaixador Petiko

May 07, 2019

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Será que uma pessoa apaixonada por cães pode se tornar uma gateira? Confira a história da Maytê e sua gatinha Sophie.

Olá, pessoal! Eu sou a Maytê Barboza, mamãe da Sophie (@gata_sophie), que é Miaubaixadora da BOX.Petiko desde 2017. A Sophie é uma gatinha SRD, de 2 anos e meio (idade aproximada), que foi resgatada das ruas em 2016. Já contei para vocês um pouco da nossa história e da triste experiência que tivemos ao perder nosso labrador, Augusto, neste texto. Agora, contarei a vocês como eu, uma pessoa que só havia tido cachorros até então, me tornei uma gateira e me apaixonei perdidamente por este encantador universo felino.

O Encantador Universo Felino

Minha relação com os gatos antes da Sophie:

Lembro que, uma vez, ainda na infância, fui à casa de uma prima que tinha um gatinho e ela o colocou em meu colo. Mas, além de não saber como segurar corretamente um gato, ele não era muito fã de colo. Resultado: Levei um belo arranhão e, a partir de então, fiquei com certo receio de me aproximar dos bichanos novamente.

Confesso que, até adotar a Sophie, havia tido pouquíssimo contato com gatos. Sempre amei cachorros e tive vários ao longo da vida. Mas minha experiência com os felinos se resumia a visitas às casas de amigas e, ainda assim, apesar de brincar com seus gatinhos, achava que não levava muito jeito com eles.

Até que me casei com um gateiro. Meu marido tinha o sonho de adotar um gato, mas, assim que nos casamos, adotamos o Augusto, um lindo labrador. Mesmo com a insistência do meu esposo, demorei sete anos para ceder à sua vontade de ter um felino. Também tinha medo de que o Augusto não aceitasse muito bem, que ficasse com ciúmes.

@gata_sophie

Adentrando ao universo felino:

Em 2016, após pensar muito a respeito do assunto, resolvi ceder aos pedidos do meu marido e foi, simplesmente, uma das melhores coisas que já fiz. Iniciamos, então, nossa saga em busca de um gatinho.

Fomos a diversas feiras de doação de animais, mas, por algum motivo, a adoção nunca dava certo. Certa vez, estávamos com um filhotinho em nossos braços, e provavelmente o adotaríamos, mas chegou um casal que, naquele dia, já atendia a todos os requisitos e, assim, o levou. Ficamos muito tristes, mas não desistimos de procurar o nosso.

Até que um dia, acessei o facebook e, em um dos muitos grupos de adoção dos quais passei a participar, vi uma postagem que dizia exatamente assim: “Hoje achei na rua um filhote de gato lindo, porém, todo molhado, magrinho e assustado. Tem medo de cachorros. Caso alguém queira adotar, me chame inbox. Acho que é fêmea, não tenho certeza”.

E junto à postagem, algumas fotos do “gatinho assustado”, que arrebataram, imediatamente, o coração desta mamãe que vos escreve e, logo em seguida, do papai. Embora não tivéssemos certeza do sexo e soubéssemos que ele tinha medo de cachorros (e nós tínhamos um), o amor falou mais alto. Meu marido e eu ficamos tão empolgados que fomos buscá-lo no mesmo dia.

Gateira de primeira viagem:

Chegamos no local para buscar o gatinho, munidos apenas de uma caixa de papelão. Hoje, mais experiente no assunto, sei que deveríamos ter levado uma caixa de transporte e até mesmo uma coleira, pois os gatos, principalmente na situação em que aquele filhote se encontrava – arisco e muito assustado – podem fugir facilmente. Mas na época não sabia disso.

Na verdade, eu não sabia nem como segurar um gato. A pessoa que o resgatou colocou aquele filhotinho em meus braços e, meio sem jeito (também me lembrando do episódio do arranhão, na infância) o passei para os braços do meu marido.

Voltamos para casa com aquele ser pequenino, que, com olhinhos atentos, observava tudo ao seu redor. E que olhinhos! Lindos e grandes olhos azuis, sua marca registrada. Assim que chegamos, colocamos o filhote em uma caminha improvisada que já havíamos deixado preparada em um dos cômodos.

E, para nossa surpresa, ele permaneceu ali durante quase toda a semana. Estava com medo, muito machucado e arrastava as patinhas traseiras. Sempre que entrávamos para alimentá-lo, limpar sua caixinha de areia, ou mesmo para tentar brincar, o felino se escondia embaixo de um armário. Aos poucos, porém, foi se sentindo cada vez mais seguro e começamos a perceber que ele estava querendo se aproximar.

Às vezes aparecia, timidamente, na sala, quando lá estávamos, e nos olhava com muita curiosidade. Até que deixou que o pegássemos no colo pela primeira vez, e mais outra, e, deste modo, fomos conquistando seu amor e confiança.

Ao final daquela semana o levamos ao veterinário para fazer todos os exames necessários, vacinação, dentre outros cuidados e, finalmente, descobrimos que se tratava de uma menina, à qual demos o nome de Sophie.

@gata_sophie

A convivência com a Sophie:

Como eu trabalhava em casa, Sophie e eu nos apegamos muito, pois passávamos todo o tempo juntas. Éramos duas inexperientes: eu com gatos, ela com humanos. E, assim, fomos aprendendo juntas: a conviver, a nos respeitar, a nos amar.

Pouco tempo depois já éramos inseparáveis. Nos tornamos grandes amigas. Ironicamente, com o meu marido, que sempre teve o sonho de ter um gato, a aproximação demorou mais tempo. A Sophie sempre se escondia quando ele chegava do trabalho. Foi assim durante um bom tempo, até ela se acostumar e passar a esperá-lo em frente à porta.

Sophie é uma filha maravilhosa, uma gata meiga, carinhosa, inteligente, companheira. Me segue por todos os cantos da casa, algo que antes não imaginava que pudesse acontecer, pois sempre ouvi dizer que “gatos são independentes”.

Ela é tão apegada a mim, que meu marido costuma dizer que ela é minha sombra. Mas não. Ela é a minha luz. Ilumina a minha vida com aqueles lindos olhos de galáxia.

E foi assim que mergulhei de cabeça neste maravilhoso mundo dos felinos e hoje, quase três anos após adotar minha primeira gatinha, fico feliz em ser chamada de gateira.

Cinco coisas que aprendi sobre os gatos:

  1. Existe um jeito correto de segurar os bichanos (apoiando suas patinhas traseiras), porém é importante levar em consideração que nem todos eles gostam de ficar no colo. Sempre respeitem a vontade do animal!;
  2. Os gatos podem ser tão companheiros e fiéis quanto cachorros ou qualquer outra espécie. Afinal, o comportamento do animal depende da criação que lhe é dada;
  3. Os felinos dormem muito!!! Muito mesmo… Especialistas dizem que eles podem dormir, em média, 18 horas por dia. Uau!;
  4. Gatos são naturalmente curiosos e adoram brincar! Caixas de papelão são unanimidade entre eles. Justamente por dormirem muito, acumulam bastante energia. Os brinquedos são essenciais… Não preciso nem dizer que ela fica super feliz quando chega sua Box Petiko, que sempre vem recheada com vários deles, além de petiscos deliciosos e muitas novidades;
  5. Apesar de muitos dizerem que os gatos são independentes e interesseiros, eles podem ser muito carentes – como é o caso da Sophie, que adora companhia – e ter interesse, única e exclusivamente, em dar e receber amor.
E você, como se tornou um(a) gateiro(a)? Compartilhe sua história nos comentários.