Saúde

Fluidoterapia Não Precisa Ser Pavor dos Gatos Renais

By Rochele Prass

May 16, 2014

Índice

A fluidoterapia não precisa ser pavor aos gatos renais. Confira neste artigo muitas dicas para não tornar a fluidoterapia um trauma para seu bichano.

Gatos com problemas renais: dicas para não tornar a fluidoterapia um trauma para seu bichano.

Um dos pontos chave do tratamento do gato com insuficiência renal crônica é a fluidoterapia.

Muitos pets com esse problema recebem a recomendação do médico veterinário para fazer soro regularmente, em intervalo de tempo determinado conforme cada caso.

Fluidoterapia Não Precisa Ser Pavor dos Gatos Renais

O objetivo é repor a hidratação, equilíbrio de eletrólitos e diminuir a concentração de substâncias nocivas no organismo.

O soro pode ser aplicado em casa, desde que o veterinário assim oriente.

Na minha opinião, as vantagens são basicamente a diminuição do stress, já que não é preciso levar o animal ao veterinário seguidamente, praticidade e economia, porque sai muito menos caro.

O Pluto teve a recomendação de fazer diariamente no início e depois uma vez a cada dois dias.

Os veterinários me encorajaram e me ensinaram  e a primeira aplicação, claro, foi sob supervisão.

A questão é que eu moro sozinha e segurar o gato, espetar a agulha e aplicar o soro era bastante desafiador, além do desafio maior de saber como mexer naqueles apetrechos estranhos: equipo, agulha, tubo de soro….

Pluto. Foto: Pedro Quintana

Uma coisa que aprendi com a série “Meu Gato Endiabrado” (com o Jakson Galaxy do Animal Planet) é que todo gato tem um “botão mágico”.

Paciência é a palavra

Paciência (muuuuita paciência), carinho e talvez alguma coisinha gostosa para ele comer ajudam bastante.

É preciso fazer associações positivas.

Sempre que o gato faz soro, coisas boas acontecem e isso é legal começar desde o início.

Hoje, a parte mais tranquila de tudo é o soro.

O Pluto é bastante colaborativo e até ronrona durante a aplicação.

Mas no começo ele tentava fugir, miava e rosnava um pouco.

Então, o prendia na janela pela peiteira, para ficar com as duas mãos livres. Aos poucos, foi acostumando e percebi que solto, sem coleira, ficava mais tranquilo.

Escolhi a janela, porque é um lugar que ele gosta e fica mais distraído.

Tentei em outros lugares, para segurá-lo, mas a janela sempre foi a melhor opção.

As coisas ficaram nesse nível de serenidade quando comecei a associar o momento a coisas que ele gosta.

A escova é a minha melhor amiga – chamo de escovaterapia.

Converso, faço carinho e elogio. Primeiro monto tudo, depois levo o gato e trato de deixá-lo tranquilo, com carinho e escova.

No início, fazia isso com o equipo na mão, porém sem espetar.

Equipo = carinho, escova e atenção a ele.

Uma regra básica para mim é só iniciar o procedimento quando o Pluto está totalmente tranquilo e percebo que faz toda a diferença.

Deixo o abre e fecha do equipo perto da agulha para dar mobilidade e, assim que espeto, abro o soro e retomo o carinho ou escova rapidão.

Chegamos num nível em que nem preciso segurá-lo. Às vezes, fica sentadinho olhando para a rua enquanto recebe o soro.

Dicas importantíssimas:

Mas, indo às dicas práticas, uma lista de sugestões que eu dou, com base na minha experiência:

Confira também a possibilidade de usar Catnip ou Feliway, um feromônio sintético que é indicado para dar segurança e tranquilidade aos gatos.

No grupo “gatos com Insuficiência renal”, é comum ouvir relatos de tutores que simplesmente não conseguem ou deixam de conseguir fazer a aplicação depois de um tempo.

Entretanto, se o veterinário indica a fluidoterapia, ela será fundamental para a qualidade de vida do gato e para desacelerar a evolução da doença.

Cada caso, é um caso.

Então, converse com o veterinário longamente sobre o assunto, peça dicas e invista bastante em detalhes que deixem o gato tranquilo.

Conosco, funciona super bem!

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Seu gatinho já precisou realizar fluidoterapia em casa? Como foi a experiência? Conta pra gente nos comentários.