Índice
- 1 Se você tem ou conhece algum gatinho, vale a pena ficar atento aos sinais de algumas doenças, como a panleucopenia felina. Confira aqui um pouco mais sobre esta enfermidade:
- 2 Meu gatinho pode adoecer? Que doença é essa chamada panlecoucopenia?
- 3 Como os gatos são infectados?
- 4 Quais sinais o gato vai apresentar?
- 5 E como que o diagnóstico é feito? Meu gato tem mesmo panleucopenia?
- 6 E como meu gato pode melhorar?
- 7 E como posso prevenir que meu gato pegue essa doença?
Se você tem ou conhece algum gatinho, vale a pena ficar atento aos sinais de algumas doenças, como a panleucopenia felina. Confira aqui um pouco mais sobre esta enfermidade:
No passado, a panleucopenia felina era uma das principais causas de morte em gatos. Hoje, é uma doença vista com menos frequência, devido em grande parte à disponibilidade e uso de vacinas muito eficazes. A doença também é chamada de cinomose felina ou parvo felina.
Meu gatinho pode adoecer? Que doença é essa chamada panlecoucopenia?
A panleucopenia felina é uma doença viral altamente contagiosa de gatos causada pelo parvovírus felino. Os gatinhos entre 2 – 4 meses são mais severamente afetados pelo vírus.
O parvovírus felino infecta e mata as células que estão crescendo rapidamente e se dividindo, como aquelas na medula óssea, intestinos e feto em desenvolvimento.
Como os gatos são infectados?
Os gatos podem liberar o vírus em secreções de urina, fezes e nasais. A infecção ocorre quando os gatos suscetíveis entram em contato com essas secreções, ou mesmo com as pulgas de gatos infectados, podendo ocorrer também pela via transplacentária.
Um gato infectado excreta o vírus por um período curto de infecção, mas esse vírus sobrevive no ambiente por um longo período. O vírus causa danos às células que alinham os intestinos.
Também ataca a medula óssea e os gânglios linfáticos (responsáveis por reconhecer doenças), resultando em escassez de todos os tipos de glóbulos brancos (panleucopenia) e de glóbulos vermelhos (anemia).
Cama, caixinhas, pratos de comida, e as mãos ou roupas de pessoas que lidam com o gato infectado podem abrigar o vírus e transmiti-lo para outros gatos.
Por isso, é muito importante isolar os gatos infectados. Quaisquer materiais usados em ou para gatos infectados não devem entrar em contato com outros, e as pessoas que manuseiam gatos infectados devem praticar a higiene adequada para evitar a disseminação da infecção.
Quais sinais o gato vai apresentar?
Os primeiros sinais visíveis que um tutor pode notar incluem depressão generalizada, perda de apetite, febre alta, letargia, vômitos, diarreia grave, secreção nasal e desidratação.
Os gatos doentes podem sentar-se por longos períodos de tempo na frente de suas tigelas de água, mas não beber muita água. As gatas fêmeas grávidas que estão infectadas com o vírus e se tornam doentes podem abortar ou dar origem a gatinhos com danos graves no cerebelo, uma parte do cérebro que coordena nervos, músculos e ossos para produzir movimentos corporais.
Esses filhotes nascem com uma síndrome chamada ataxia cerebelar felina, e seu movimento é acompanhado por tremores graves (tremores).
E como que o diagnóstico é feito? Meu gato tem mesmo panleucopenia?
Pode-se suspeitar de panleucopenia felina com base na história de exposição a um gato infectado, falta de vacinação e sinais visíveis de doença.
Quando essa história de exposição é combinada com exames de sangue que mostram níveis severamente reduzidos de todos os tipos de glóbulos brancos, é provavelmente a causa da doença do gato.
A panleucopenia é confirmada quando o parvovírus felino é encontrado nas fezes do gato, mas os resultados podem ser falsamente positivos se o gato foi vacinado dentro de 5-12 dias antes do teste.
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E como meu gato pode melhorar?
A probabilidade de recuperação para gatinhos infectados com menos de oito semanas é baixa. Gatos mais velhos têm uma chance maior de sobrevivência se o tratamento adequado for fornecido precocemente.
Como não existem medicamentos capazes de matar o vírus, os cuidados intensivos e o tratamento são fundamentais para apoiar a saúde do gato com medicamentos e fluidos até que o próprio corpo e o sistema imunológico possam combater o vírus. Sem esses cuidados de suporte, até 90% dos gatos podem morrer.
O tratamento se concentra na correção da desidratação, fornecendo nutrientes e evitando infecções secundárias.
Embora os antibióticos não matem o vírus, são frequentemente necessários porque os gatos infectados correm um maior risco de infecções bacterianas porque o seu sistema imunitário não está funcionando plenamente (devido à diminuição dos glóbulos brancos) e porque as bactérias do intestino danificado podem entrar corrente sanguínea do gato e causar infecção.
Por isso é necessário que aos primeiros sinais você procure o único profissional capaz de ajudar seu gato, o médico veterinário.
Se o gato sobreviver pelos próximos cinco dias de tratamento, suas chances de recuperação são muito melhores. Estrito isolamento de outros gatos é necessário para evitar a propagação do vírus.
Outros gatos que possam ter estado em contato com o gato infectado, ou em contato com objetos ou pessoas que estavam em contato próximo com o gato doente, devem ser cuidadosamente monitorados quanto a quaisquer sinais visíveis de doença.
E como posso prevenir que meu gato pegue essa doença?
Hoje, existem vacinas que oferecem a melhor proteção contra a infecção por parvovírus felino. A maioria dos gatinhos jovens recebe sua primeira vacinação entre seis e oito semanas de idade e as vacinas de acompanhamento são administradas até que o gatinho tenha cerca de 16 semanas de idade.
Você já conhecia a doença? Este artigo te ajudou? Conta aqui pra gente nos comentários!
Referências
ADANIA, Cristina Harumi et al. Avaliação das condições veterinárias e de manejo dos pequenos felinos neotropicais em cativeiro no Estado de São Paulo. Revista de Educação Continuada em Medicina Veterinária e Zootecnia do CRMV-SP, v. 1, n. 1, p. 44-53, 1998.
CASTRO, Neusa Barbosa. Achados patológicos e imuno-histoquímicos de felinos domésticos com panleucopenia felina. 2013.
DE OLIVEIRA ANGELO, Maria Jose et al. Isolamento de parvovírus canino no Brasil. Revista da Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia da Universidade de São Paulo, v. 25, n. 1, p. 123-134, 1988.
MATTES, B. R. et al. Uso da homeopatia em um surto endêmico de panleucopenia felina–relato de caso. Revista de Educação Continuada em Medicina Veterinária e Zootecnia do CRMV-SP, v. 11, n. 2, p. 56-57, 2013.