Orca que fala, beijo de golfinho, elefante pintor: a crueldade nos bastidores da indústria do entretenimento com animais selvagens.
“Meena é um dos dez elefantes do Maetaman. Para ser exata, ela é pintora. Duas vezes por dia, diante de multidões de visitantes tagarelas, Kongkhaw põe um pincel na ponta da tromba de Meena e pressiona sua face com um prego de aço para direcionar as pinceladas enquanto ela arrasta cores primárias pelo papel. As pinturas são vendidas a turistas”.
Por Que Não É Legal Interagir com Animais Selvagens
O trecho é de uma matéria reveladora publicada pela National Geographic Brasil em junho de 2019 e Meena é uma prova viva e dolorosa de que a indústria do entretenimento com animais selvagens não explora só animais selvagens.
Porque o segmento é metodicamente estruturado para que você, seus amigos, sua família, e até seus influenciadores digitais acreditem que o passeio também é divertido para os animais.
A empresa proprietária de Meena, por exemplo, tem até uma outra atração, cujo conceito é “onde os elefantes estão em boas mãos”, incansavelmente elogiada por turistas por poderem ver os animais livres.
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O que ninguém sabe é que os elefantes “livres” são os mesmos da atração pela qual Meena é explorada – são apenas deslocados durante o dia para outro papel. As duas marcas são da mesma empresa.
P.T. Barnum, o precursor do showbiz que inventou o circo com animais no modelo de negócio que conhecemos hoje e sobre quem discuto no livro Ativismo Consciente, depois de empalhar um elefante morto e continuar apresentando-o ao público como se estivesse vivo, teria dito ao então arqueólogo George Hull:
“Nasce um trouxa a cada minuto.”
A melhor maneira de provarmos que ele estava errado é não nos comportarmos como tal.
Qual a sua opinião em relação a interação de humanos com animais selvagens? Deixa aqui embaixo nos comentários!