Quando o gato tem o diagnóstico de insuficiência renal, a maioria dos veterinários recomenda a mudança da dieta para uma ração terapêutica, a chamada ração renal.
Com menores níveis de proteína, fósforo e sódio, o objetivo dessa dieta é diminuir a sobrecarga nos rins e, portanto, desacelerar a progressão da doença.
O grande problema é que o gato renal fica, naturalmente, com menor apetite (aliás, a anorexia ou apetite seletivo é um dos sintomas da doença).
Além disso, essas rações são menos palatáveis.
Ou seja, soma-se a diminuição do apetite com um alimento menos saboroso. Incomodação na certa.
E alguns gatos, pelo que vejo nos relatos do grupo Insuficiência Renal Felina, simplesmente não aceitam a dieta.
O desespero dos tutores de gatos renais com a inapetência é uma constante.
Em casa, tenho potinhos para medir as quantidades exatas e mínimas recomendadas por dia.
Se come menos, sinal de alerta.
E, claro, os alimentos específicos custam muito mais que uma ração de qualidade normal, de qualquer marca super premium.
E, como se não bastasse, até encontrar a marca que o gato quer gastamos pequenas fortunas experimentando marcas ou simplesmente tendo um pouco de cada uma em casa.
A experiência conta que essa acaba sendo a melhor solução – embora dispendiosa.
Comprar pacotes com menores quantidades, trocar amostras são boas alternativas para não afetar muito o bolso…
Mas uma coisa é certa: o gato não pode ficar sem comer.
As dicas que eu dou nesse sentido é sempre conversar com o veterinário e analisar o que é mais adequado para o caso.
Estimulante de apetite, mudar a marca da ração ou mesmo fazer o rodízio, lembrando que alguns gatos não aceitam a mudança de ração.
Além disso, vale analisar se o gato deve voltar a comer a ração costumeira ou mesmo fazer uma mudança gradual.
O Pluto, quando voltou a comer – já superando a crise que nos levou ao diagnóstico de IRC, iniciou direto na ração renal.
Até hoje alternamos períodos em que ele toma estimulante de apetite e meu coração sempre se enche de alegria quando o vejo comendo.
Também vale investir na paciência.
Muitos felinos se sentem mais estimulados a comer quando o dono está por perto e este é um bom investimento…
Eu aconselho, pela minha experiência, que vale ficar alguns momentos do dia com o gato ao lado do potinho, fazendo carinho e estimulando que ele coma mais um pouco.
E vale lembrar: o gato renal é um gato especial…
A falta de apetite está longe de ser frescura.
Você conhece algum gatinho renal? Quais os cuidados? Conta pra gente nos comentários.