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Ossos recreativos para cães: mitos e verdades!

Ossos recreativos para cães saiba tudo sobre esse assunto.

A oferta de ossos aos cães como petiscos é muito comum. Porém, na grande maioria das vezes ele é ofertado de forma prejudicial a saúde dos nossos amigos! Então, certas informações devem ser levadas em consideração e alguns cuidados devem ser tomados para que não colocarmos nossos pets em risco. Saiba como oferta-los, e quais são os mitos e verdades mais comuns sobre o tema!

Os ossos recreativos são ótimas opções de petisco e recompensa para seu cão. Ele substitui os terríveis ossos de couro, ajudam na limpeza dos dentes, e fortalecer os músculos faciais e cervicais. São peças grandes que devem demorar para ser roídos, e não mastigados e engolidos de uma só vez, como acontece com o pescoço de frango por exemplo.

Via Pixabay

Para acertar na escolha, siga as dicas abaixo:

– Ofereça os ossos em um momento adequado, como após as refeições, quando o animal não terá mais fome e assim, não ficará tentado em comer os ossos ao invés de roê-los.
– São boas opções de ossos recreativos: joelho de boi, pé de porco, escápula, rabada bovina, mocotó, etc. Você encontra facilmente em um açougue de confiança. Não ofereça grandes ossos com tutano, como o fêmur, uma vez que são muito rígidos e podem quebrar os dentes do seu amigo.
– Permita que seu cão roa ossos apenas durante 20 minutos ao dia, assim, mais uma vez ele não terá tempo de mastigar e engolir.
– Certifique-se de que o osso tenha o tamanho adequado ao porte do seu cão. Você pode utilizar como base o comprimento do focinho do animal. O osso deve ser sempre maior e mais longo do que seu focinho.
– Não ofereça ossos de costela – nem mesmo crus! São ossos porosos que se quebram com facilidade e podem causar obstruções e perfurações no trato digestivo.

Via Pixabay

A oferta de ossos para cães sempre gera dúvidas, ainda mais com tantos “conhecimentos populares” equivocados. Vamos conhecer agora o que é mito, e o que é verdade!

É saudável oferecer as sobras de churrasco e outras carnes que preparamos no dia a dia: MITO

Ossos devem ser SEMPRE oferecidos crus, e nunca cozidos. Ossos cozidos são muito frágeis, e se partem facilmente em pequenos pedaços pontiagudos, e podem causar obstrução intestinal. Há muitos relatos de cães que vomitam fragmentos de ossos após o consumo de ossos cozidos, isso ocorre porque o organismo rejeita essas partículas, e podem até mesmo perfurar o esôfago durante a regurgitação.

Cachorros sabem como comer ossos e não passam mal: MITO

Ossos devem ser oferecidos para roer, e não para serem mastigados e engolidos. Mesmo crus, alguns ossos podem se lascar facilmente e causar perfurações no esôfago, estômago e intestino. Além disso, podem causar quebras nos dentes, constipação e peritonites, por isso é extremamente importante a correta escolha dos ossos ofertados.

Via Pixabay

Os ossos fornecem nutrientes importantes para a manutenção de uma boa saúde: VERDADE

São ricos em cálcio, fósforo, e alguns componentes como colágeno presente nas cartilagens adjacentes. Além disso, deixam a pele e pelos dos animais mais saudáveis, fortalecem a musculatura, estimulam as enzimas da saliva e ajudam na limpeza dos dentes após as refeições, além de auxiliar na a prevenção da formação de placa bacteriana e gengivites, principalmente nos dentes molares.

Posso oferecer ossos para distrair ou divertir meu cão: VERDADE

Os ossos são ótimas opções para oferecer a cães estressados, uma vez que podem ficar horas distraídos com seu “brinquedo”. É uma ótima opção para oferecer aos cães que sentem fome entre as refeições, e também ajudam a reduzir hábitos como lambeduras ou coceira excessiva, já que mantém a mente deles ocupados.

Via Pixabay

Meu cão pode pegar vermes comendo ossos: VERDADE

Por isso, antes de oferecer ossos aos seus cães, é necessário que se faça o congelamento profilático. Mantenha os ossos crus no freezer por 3 dias. Dessa maneira, possíveis parasitos presentes nas carnes cruas serão inativados, e você poderá oferta-lo com segurança.

Lembre-se qualquer dúvida consulte um veterinário.

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Escrito por Bettina Michalak

Médica Veterinária formada em 2010 pela PUC-PR
Especialista em Nutrologia e Higiene e Inspeção de Alimentos
Sócia Proprietária da empresa Chef di Animale

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