Olá pessoal, o post de hoje é uma reflexão de algo que já venho pensando há algum tempo!
Será que adotamos um animal, que é a nossa escolha ou será que somos escolhidos?
Eu atingi meu número máximo de animais há algum tempo, me comprometi a não adotar mais nenhum, por questões financeiras, de espaço, de trabalho.
Mas na semana passada e nessa semana, fiz dois resgates.
E isso me fez refletir.
Em meio a tantos animais, tantos animais que não dei abrigo, que não pude ficar.
Porque alguns tocaram meu coração, que identificação, conexão é essa que acontece??
Outra questão que anda me fazendo pensar bastante é:
Qual o parâmetro para só observar uma situação, e tomar uma atitude?
Qual o gatilho que desperta nossa consciência?
Na segunda dia 22 de outubro, dois de meus cachorros fugiram, o portão não travou e sai correndo atrás deles na rua.
Foi ai que encontrei a Clotilde, uma cadelinha que uns dois anos, super meiga, dócil, que por ter o rabinho cortado, não estar tão judiada eu pensei que ela com certeza tinha dono, e também tinha fugido e poderia estar perdida.
Achei meus dois cachorros, e a Clotilde me seguiu até em casa.
Eu tenho costume de por comida na rua, para os cachorros que tiverem fome e água também.
Além deles, trato de três gatinhos.
Deixei a Clotilde comendo e entrei com os dois cachorros.
Quando fui colocar à comida dos gatos mais tarde, ela ainda estava lá deitadinha, me viu e começou a chorar, fazer gracinha.
Meu coração partiu nessa hora de deixa-la na rua.
Pensei nos meus, pensei no seu suposto dono.
Quando estava entrando em casa ela passou pelas minhas pernas e entrou.
Nunca vi um cachorro fazendo isso, até porque eu tenho cachorros grandes na parte da frente e da garagem.
Nenhum deles sequer estranhou Clotilde, e eu não tive coragem de colocá-la na rua.
Dei um banho nela, 23 horas eu estava secando-a.
No outro dia, fui procurar seu dono!
Mandei nos grupos de proteção, entrei em contato com a rádio da cidade.
Descobri que tinha sido abandonada prenha, que vivia na praça à procura de um dono, e já havia tido denúncia que o dono de um estabelecimento próximo batia nela.
Jamais a abandonaria novamente.
E o surpreendente é como ela está adaptada na casa.
A conexão é como se já estivesse aqui há anos.
Nenhum cachorro estranhou sua presença, e não para por ai.
No domingo das eleições, quando fui votar notei um filhote de gato.
Homens alcoolizados estavam em um trevinho aqui perto de casa, sentados bebendo.
Quando vi eles estavam enfiando um copo na cabecinha dela, sufocando-a.
Eles riam como se estivessem vendo algo realmente engraçado, não um ato de tortura.
E ai que me questiono sobre a questão de consciência.
Quantas pessoas fariam como eu e pegariam a gatinha, a tirariam de lá, cuidariam dela.
E quantas seriam omissas, fingiriam que nada estava acontecendo, e seguiriam em frente.
A gatinha que agora se chama Lucy também está ótima, gatos não dão trabalho na minha opinião.
Além do mais ela tem uma protetora, que cuida dela, a vigia.
Adivinham quem pode ser?
Clotilde, a abandonada, que não abandonou o novo membro da sua família, grande, incomum e feliz.
O que pude concluir, com todas as minhas adoções ao longo do tempo.
É que tudo se encaixa, tem um porque, faz um sentido na nossa história.
Podemos salvar, mas isso não quer dizer que não podemos ser salvos também.
Quer saber como começou todas as minhas adoções? Leia o texto: o começo de tudo! Para adotar basta dar o primeiro passo.
Conte para gente sua história de adoção ou quando foi adotado por um pet.