Índice
- 1 Um é pouco, dois é bem e três é perfeito! Saiba como é possível ter três cachorros da mesma raça vivendo sob o mesmo teto.
- 2 Como Socializar Chowchows com Temperamentos Diferentes em Casa
Um é pouco, dois é bem e três é perfeito! Saiba como é possível ter três cachorros da mesma raça vivendo sob o mesmo teto.
Olá, aumigos, tudo bem? Nós somos Prince e Maya, os @ursinhoschowchow lá do Instagram e da @matilhabrasil.
O post desse mês foi um tema sugerido, votado e escolhido pelos nossos seguidores lá do Instagram e vamos falar sobre como é a nossa cãovivência aqui em casa entre 3 chowchows: nós 2 e o Leon, o chowchow que a mamãe resgatou das ruas no começo de 2019, agressivo, bravo e todo traumatizado.
Como Socializar Chowchows com Temperamentos Diferentes em Casa
TEMPERAMENTO DO CHOWCHOW
Nós, os chowchows, não temos lá uma boa fama, né? Somos cãonhecidos por sermos agressivos, traiçoeiros e várias coisas feias, mas a verdade é que discordamos muito disso, acreditamos que a culpa nunca é do pet e sim da criação que recebemos ou de cruzas indevidas. Aqui temos um claro exemplo disso entre nós (Prince e Maya) e o Leon.
Nós tivemos uma criação com limites, aumor, adestramento positivo e uma vida tranquila, enquanto o Leon foi maltratado, agredido e abandonado nas ruas. Isso faz de nós ursinhos fofos e ele um leão meio bravo que precisa de ajuda para reverter os comportamentos dele.
Nesse post sobre Mitos e Verdades Sobre Chowchows nós falamos um pouco sobre as causas da agressividade dos chowchows que, na verdade, são as mesmas causas em qualquer raça de cachorros, por isso não concordamos que chowchow é agressivo, entendemos que somos mal compreendidos.
Porém sim, chowchow tem temperamento difícil, somos teimosos e cheios de personalidade. Por isso se não tivermos boa educação, estímulos, treinamento e limites, vamos dominar a casa e sermos os reis da Matilha!hihi
Aqui em casa somos em 3 chowchows com temperamentos e comportamentos bem diferentes:
PRINCE
Aueu sou um ursinho bonzinho, muito manso, carinhoso e medroso! Já fui atacado por outros cães e isso me fez ainda mais medroso.
Eu não sou de latir, (passo semanas sem um latido sequer), não rosno e nunca mencionei atacar nem um inseto (morro de medo de barata, e aucê? Responde nos comentários, para eu saber que não sou o único, tá?).
Eu trato meu medo com treino para comportamento e também com florais (já contamos sobre a importância dos florais para medo nesse post).
Mesmo manso, tenho meu temperamento teimoso, nem sempre quero obedecer a minha mãe e por isso ser adestrado com reforço positivo foi fundamental para aueu entender as regras, ter qualidade de vida e harmonia com a mamãe e com a Maya, desde filhote.
MAYA
Ah, aueu sou a menina da casa. Mas uma cãocesa teimosa, com instinto primitivo e por isso a mamãe e as tias da @animalz.oficial tiveram que ter muito cuidado para eu ser adestrada e entender que o mundo tem regras e eu não posso fazer só o que eu quero. Eu sou um pouco mau humorada de manhã e isso é algo que eu tive que aprender a lidar.
Mas também sou carinhosa, cãopanheira da mamãe e estou com ela onde ela vai, me comporto em lugares públicos, não rosno, me dou bem com adultos, crianças e outros pets e tudo isso graças à socialização que recebi desde bebê.
Talvez se eu não tivesse tido educação correta, eu seria uma ursinha brava, devido aos meus instintos, por isso que sempre falamos: educação e adestramento é tudo para que aucê tenha um bom chowchow.
LEON
Auau, aueu sou o oposto desses dois aí! Fui maltratado, agredido, abandonado nas ruas contando com a minha própria sorte e ela brilhou para mim.
A tia me resgatou, mesmo eu não sendo lá um doce de cão (não é atoa que eles são ursinhos e eu um leão, né?hihi).
Mordi a tia no dia do resgate, cheguei bastante agressivo em casa, mas aos poucos eu entendi que não precisava ter esse temperamento altamente agressivo, que a tia e os ursinhos não eram meus inimigos e que eu podia confiar neles.
Hoje, 3 meses depois, aueu estou bem melhor, fico solto, gosto de carinho, aprendi a obedecer e, assim como para os ursinhos, receber adestramento e treinos adequados para eu entender que aqui estou seguro, protegido e que só querem meu bem, foi fundamental.
Minha evolução rápida tem como segredo muito amor e paciência da tia, a excelência do adestramento da tia @emanuellelack_dogtraining e uso de floral para traumas e agressividade. Parece bobagem, mas eu sou a prova que essa cãobinação é um sucesso!
COMO APRESENTAR UM CÃO NOVO AOS CÃES DA CASA
Nós (Prince e Maya) não precisamos de apresentação, pois somos da mesma ninhada e nunca brigamos ou rosnamos um para o outro. Essa harmonia é devida ao pulso firme da mamãe desde filhotes e à minha castração (a Maya) antes do primeiro cio que evitou passar por esse período delicado da vida de um cão.
Quando o Leon chegou nós ficamos assustados e curiosos. Ele latia e rosnava o tempo todo e nós não podíamos chegar perto dele, por segurança. O Prince desenvolveu muito medo dele e precisou voltar para o adestramento para ter qualidade de vida (tratando o medo) e pela excessiva marcação de território em lugares indevidos.
Aueu, (a Maya), não tenho medo dele, mas tenho curiosidade e se ele rosna para mim, eu rosno de volta (não levo desaforo, não!). Então é preciso tomar cuidado com essa aproximação.
Com esse cenário, a mamãe e a tia Emanuelle precisaram tomar alguns cuidados e fazer uma aproximação estratégica e pensada pelo bem estar de todos nós e para evitar acidentes. Para isso elas usaram de reforço positivo e cuidados com a segurança de nós 4: mamãe, ursinhos e leão.
REFORÇO POSITIVO
Reforço positivo é uma forma de ensinar e adestrar um pet dando boas recompensas e reforçando o bom comportamento Dá um play no vídeo abaixo para entender direitinho como funciona com a tia Cíntia, especialista em comportamento animal, da Animalz:
Aqui em casa o reforço positivo foi aplicado assim:
- Começou com a gente sem se ver. Para nós, a mamãe dava carinho e petiscos, pro Leon ela se aproximava bem devagar e dava petiscos no comedouro lento, porque ele ainda rosnava e ataca.
- Quando o Leon ganhou um pouco de confiança e passou a obedecer a mamãe, ele pode ficar solto, ainda separado de nós e isso foi um reforço enorme para ele: ele entendeu que se tivesse bom comportamento (sem rosnar e atacar) ele tinha muito mais espaço.
- Depois de 1 mês ele já deixava a mamãe tocar nele e era recompensado com petiscos e carinho pelo bom comportamento. Enquanto isso, a mamãe nos dava brinquedos legais, petiscos deliciosos (inclusive os bifinhos, petiscos e brinquedos exclusivos do BOX.Petiko foram bem importantes e aliados do nosso treinamento) e muito carinho para que a presença do Leon fosse assimilada como algo bom por nós.
- Nesse período também passamos a nos ver mais pela grade e nos cheirar. Prince mal se aproximava, mas o Leon nunca rosnava para ele. Cãomigo, (a Maya), era sempre uma incógnita: cada aproximação era de um jeito entre tranquila e agressiva, mas a mamãe e a tia Emanuelle sabiam que era um processo e nós só tínhamos carinho e petisco quando nos comportávamos bem.
- Hoje temos muito mais harmonia em casa e já sabemos que podemos ficar um tempo perto e até sem a grade, pois não brigamos apenas por estarmos juntos.
SEGURANÇA
Esse foi o segundo cuidado presente durante todo o tempo (e ainda é!), pois já bastava a primeira mordida que o Leon deu na mamãe e não queríamos mais acidentes em casa.
Mais do que cuidado com ela, a mamãe tinha medo de nós brigarmos, pois ela entende as reações do Leon, mas se ele me mordesse, por exemplo, eu não ia entender e ia devolver, né?
Os cuidados começaram com a gente sem se ver, apenas no ouvíamos e ganhávamos petiscos e carinho por nos comportar mesmo sabendo que o Leon estava perto.
Depois passamos a nos ver pela grade e a mamãe dava petisco pro Leon e pra nós, assim sabíamos que se a gente não rosnasse e nem fugisse dele (o Prince fugia, por medo) a gente ganhava petisco e muito aumor da mamãe.
A grade nos separava fisicamente e isso dava tranquilidade pra a mamãe, pois ela sozinha não poderia separar a briga de 3 chowchows, e em um treinamento pet, a colaboração e a tranquilidade dos humanos é essencial para que tudo dê certo e seja mais rápido, pois nós absorvemos o stress dos nossos humanos.
Um dia teve uma falha nessa segurança e poderia ter sido um cãos, mas ao invés disso serviu para a mamãe e a tia Emanuelle saberem que o treinamento estava surtindo muito efeito!!!
Nós moramos em um sobrado e num domingo a mamãe cuidou do Leon e ao fechar a porta ela encostou, mas não trancou e subiu pros quartos. Pois bem, o Leon sabe abrir portas com a pata e aí ele abriu e entrou na sala onde nós estávamos (eu e o Prince) e esse foi o nosso primeiro encontro sem grade.
Nós assustamos com ele aqui dentro. Ele assustou quando nos viu, foi tenso para nós 3 e sem a mamãe para nos aujudar. Ele rosnou e nós ficamos com medo e por isso aueu não rosnei.
A mamãe ouviu lá de cima e achou que era eu (a Maya) rosnando pra algo na janela e deu um grito comigo e isso fez o Leon parar de rosnar.
Uns 30 minutos depois a mamãe desceu e viu nós 3 na sala, aí quem assustou, ficou com medo e tensa foi ela!
Mas respirou fundo, (afinal a gente não tava brigando, só nos cheirando e tudo tranquilo) e aí deu petisco para nós 3, carinho e logo nos separou de novo, pois o Leon dava sinais de incômodo com a situação e isso podia ser perigoso.
No final desse episódio tivemos a boa notícia que se soltos não vamos nos atacar sem motivo, mas ainda mantemos distância por segurança.
CONVIVÊNCIA COM 3 CHOWCHOWS
Depois desse dia do encontro surpresa, quando o Leon está bem tranquilo, a mamãe deixa a gente ficar um tempinho junto, mas com supervisão para manter a segurança e muito reforço positivo para que nós 3 possamos assimilar que estarmos juntos pode ser bom e que não precisamos brigar ou sentir medo.
Nós ficamos sempre separados, eu e o Prince de um lado e o Leon do outro, por segurança, pois o Leon ainda não está tão confiável para mantermos uma convivência próxima. Mas nos vemos todos os dias, nos cheiramos pela grade e as vezes passamos esse tempo juntos com a mamãe conosco. Mas algumas precauções são sempre bem vindas:
- Se algum de nós está irritado no dia, não há contato.
- Nunca estamos juntos e nem nos vemos na hora da refeição, pois nossa ração é sagrada e isso pode gerar conflito.
- Nunca têm objetivos preferidos no ambiente quando ficamos no mesmo local, para evitar disputa e ciúmes.
- A aproximação é feita em momentos de tranquilidade em casa e na rua, para evitar sustos. Por exemplo, em dia de jogo não dá para ficar perto, pois se tiver um rojão vamos assustar. Nesses dias há outros cuidados importantes que contamos nesse post.
- O Leon fica de mau humor quando faz frio e eu (a Maya) pela manhã, então em dias frios não nos vemos e nunca pela manhã. O ideal são dias mais quentes pela tarde, pois estamos os 3 tranquilos e de bom humor, receptivos a convivência, carinho, treinamento e interação.
SOCIALIZAÇÃO DE CÃES: CUIDADOS E COMANDOS.
Entender quais são os melhores momentos para criar socialização entre nós foi chowsacional para todo o sucesso que já alcançamos, para isso a mamãe observa:
- Humor e grau de ansiedade de cada um.
- Sinais de conforto com a situação em nós 3 o tempo todo e antes da aproximação.
- Usa petiscos que cada um gosta, mas sem ser o preferido, para evitar disputa.
- Comandos básicos para segurança como Fica, Não, Senta e Deixa são muito importantes para a socialização entre cães.
- Cuidados com o carinho tanto para não sentirmos ciúmes como para não assustar nenhum de nós também tem sido importante.
E então, gostaram de saber sobre nossa jornada de socialização e convivência entre 3 chowchows de temperamentos diferentes?
Comenta aqui embaixo se aucê já passou por isso ou se tem dúvidas para a gente saber e vem acompanhar nossa história no instagram @ursinhoschwochow.
Lambidas do Prince, da Maya e do Leon!