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Lugar de animal, não é na rua!

Letícia conta para gente uma experiência nada agradável perto do Ano Novo.

Hoje quero compartilhar com vocês uma experiência que tive na véspera de ano novo.

Estava na casa de amigos, à tarde, todos reunidos. O casal anfitrião possui um Schnauzer de aproximadamente 10 kilos, adulto por volta de 5 anos de idade. O portão da garagem estava aberto.

Apesar de dar suas voltinhas, ele não é um cachorro com maldade de rua, como alguns vira-latas, ou que tenha medo.

Ele dava alguns rompantes de sair correndo ao ver outros animais, não para avançar, mas de curiosidade.

Cachorro sem guia, portão da garagem aberto, vocês já podem imaginar o que aconteceu, não é?

Um homem estava passeando com seus dois cachorrinhos pretos, na coleira do outro lado da rua, e o Luke, assim que os viu, correu para eles. Nesse meio tempo veio uma moça, o carro estava em velocidade. Seu dono foi chamar atenção, e bummmm.

Um barulho, que não sai da minha mente até hoje. Todos em choque! A primeira pessoa que chamam para acudir? Eu. E eu nem me mexia, afinal pessoal aprendam!

Por eu ser louca com cachorros, esse tipo de situação me abala muito mais. E aquele barulho, eu pensei que já era cachorro e não queria nem ver.

Eu só reagi quando vi ele com vida nos braços da minha amiga. Corremos para o veterinário! Mas imaginem, dia 31, não tinha veterinário na cidade. Não tinha veterinário na região.

O cachorro estava em choque, com dor, e a gente sem saber a gravidade da batida, sem um exame adequado. O carro bateu com o parachoque nele, no meio do corpinho e o arrastou um pouco, o que foi a sorte dele.

Porque se fosse a roda, já era. Mas ainda havia riscos. Lesão no diafragma, ruptura de baço, de bexiga. Como tenho muitos cachorros, tenho uma farmacinha em casa.

Peguei anti-hemorrágico, já que a hemorragia interna era uma preocupação, anti-inflamatório, analgésicos. Encontramos até um amigo veterinário para aplicar as injeções, porém ele tinha especialização em equinos, não se lembrava muito bem do que fazer.

Monitoramos temperatura, respiração, mucosa, tudo isso até 00:30 quando o veterinário estava na cidade e após passar a virada com a família atendeu o cachorrinho.

Hoje está tudo bem, ele ainda tem dores, está em recuperação. A motorista foi uma ignorante que estava correndo também.

Mas vocês imaginam se tivesse dado tudo errado?

O sentimento de impotência, de culpa, de tristeza, que poderia ser evitado com uma ação simples?

Lugar de cachorro não é na rua. Não deixe seu cachorro solto, por mais que você esteja perto. Afinal, eles são como crianças. Adeque seu espaço ao seu cachorro, faça passeios na coleira.

Por mais que sejam treinados a andar sem guia, imprevistos acontecem e podem custar a vida do seu pet.

Você é responsável por ele.

Não são só acidentes que podem acontecer, existem pessoas maldosas no mundo, que atropelam, envenenam, batem por pura maldade.

Não vale o risco. Isso também é válido para donos de gatos, que deixam eles darem voltinhas.

Pode acontecer o mesmo, fora a propagação de doenças.

Essa foi à minha experiência de ano novo, que não desejo para nenhum de vocês.

Escrito por Adotei Um Pet

Letícia Lara, protetora, há mais de 12 anos resgatando e reabilitando animais em situação de vulnerabilidade.
Mãe de pet, que compartilha sua rotina e os cuidados com seus animais no perfil @adoteiumpet.

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