Meus queridos, recentemente vivemos uma situação tão inusitada e assustadora que me motivou a escrever este artigo, de forma que vocês que têm seus gatinhos em casa, não passem pelo susto que nós passamos e, por graça do nosso muito amado São Francisco de Assis não teve conseqüências mais graves.
Vendemos uma gatinha lindíssima para um casal de jovens em São Paulo. Como está muito quente e eles não puderam vir buscá-la decidimos ir à noite, para São Paulo entregar a gatinha em um apartamento que mais parecia uma casinha de bonecas de tão bem cuidado e limpo que era.
A gatinha em questão ganhou tudo que merecia quando chegamos lá. Tudo o que havíamos instruído estava lá e mais outros mimos para a recém chegada.
No dia seguinte nos falamos e soubemos que a gatinha estava ótima, bem ambientada e comendo bem e que já tinha tomado conta da casa. Temos por hábito acompanhar de perto quando um gatinho sai daqui de casa e essa é nossa rotina.
No entanto, quatro dias depois disso, recebemos via MSN a notícia de que a gatinha estava com dor de barriga. Horas depois, que estava abatida. Outras tantas horas depois, que estava vomitando. A nossa preocupação só fazia aumentar e não conseguíamos entender a causa de uma queda assim tão vertiginosa em tão curto espaço de tempo e principalmente vendo os dois irmãozinhos dela aqui em casa na mais absoluta e melhor condição física que um bebê poderia ter.
Para nossa tristeza e maior preocupação ainda, chegou à noite a notícia de que ela estava prostrada, vomitando e desidratada, e que tinha sido internada às pressas numa clínica veterinária em São Paulo. Entramos em contato com a clínica veterinária que de imediato diagnosticou giardíase e isóspora. Desnecessário dizer que não foram feitos exames parasitológicos de fezes.
De nada adiantou nossa argumentação de que considerávamos um tanto difícil este diagnóstico, principalmente tendo em vista os dois irmãozinhos que literalmente vendiam saúde no mesmo instante.
Indagamos ao jovem, que estava no trabalho, sobre produtos químicos usados na limpeza da casa e se tinham plantas. Ele alegou que só usavam álcool perfumado e desinfetante e que tinham sim uma planta em casa e inclusive que a gatinha tido ido mexer na planta, mas que eles teriam “dado uma bronca” e ela não tinha mais voltado lá.
Ligamos então para a esposa e perguntamos de novo, que produtos usavam e que plantas tinham, ela repetiu o que o marido já havia falado, mas prontificou-se a ir olhar o vaso em questão e nos informou que era um vaso de lírios e que tinha folhas mordiscadas na parte de trás do vaso. Ou seja, para não tomar bronca, ela não fazia de forma a que eles vissem, mas dava a volta e mordiscava as folhas.
Entramos no google e fomos pesquisar se por acaso lírios seriam tóxicos para os gatos e PIMBAAAA!!! Estava lá… inclusive que causa prostração, letargia e etc..
Falamos com a moça, pedimos para entrar imediatamente em contato com a clínica veterinária e que passasse as informações sobre o vaso de lírios.
A gatinha já está melhor, eu já melhorei da crise de bronquite de tão nervosa que fiquei com isso. Em breve irei postar uma lista com algumas plantas venenosas para os gatos. Até a próxima!