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Castração: Você Ainda Tem Dúvidas?

Carol conta sua experiência em relação a castração e traz algumas informações bem interessantes sobre o assunto. Confira:

Mesmo na era da hiperinformação, em que o acesso ao conhecimento é quase que imediato e ilimitado, a castração ainda é um tabu para alguns tutores.

Castração: Você Ainda Tem Dúvidas?

Meu primeiro vira-lata não era castrado. Meus pais e eu, então com 10 anos, o adotamos com 15 dias de vida – a cachorrinha de uma vizinha, também não castrada, havia dado à luz quatro filhotinhos.

Era uma outra época. Castrar uma fêmea ainda era aceitável, mas um macho… Todos acreditavam que a “masculinidade” do cachorro seria comprometida.

Hoje, mais de 25 anos depois, algumas pessoas ainda acreditam em mitos como esse e outros que envolvem a esterilização de cães e gatos.

Quando, na verdade, a castração não é uma decisão de vantagem individual, que beneficia apenas o seu animal de estimação, diminuindo drasticamente, por exemplo, o risco de doenças nas vias uterinas e o aparecimento de tumores de mama, útero, próstata e testículos.

@cachorracarol

A esterilização é um método definitivo e humanitário de prevenir a superpopulação, diminuir o abandono e evitar o comércio ilegal de cães e gatos – que, geralmente, tem a não castração como agente facilitador da exploração de matrizes, adquiridas apenas para procriarem indiscriminadamente em nome da expansão do negócio.

Muitos tutores também optam por não castrar, porque acreditam que, caso ocorra uma gravidez indesejada, serão capazes de conseguir adotantes para os filhotes facilmente.

“É possível ter sorte e encontrar bons adotantes para uma ou duas ninhadas. Mas será difícil conseguir, todos os anos, pessoas responsáveis e dispostas a levar um pet para casa. É preciso pensar também que cada um desses filhotes poderá gerar, a partir do primeiro ano de vida, outras dezenas de descendentes, que por sua vez também terão filhotes, dando curso a um ciclo interminável de crias e mais cães e gatos – e, fatalmente, muitos deles acabarão sem lar ou nas mãos de pessoas que não cuidarão deles com carinho. Infelizmente, a “solução” encontrada por muitos guardiões de cadelas que dão cria é simplesmente jogar os filhotes na sarjeta, abandoná-los em portas de clínicas veterinárias ou, de maneira ainda mais cruel, afogá-los quando recém-nascidos. Então, a questão é: por que deixar novos filhotes nascerem se não há lares suficientes para os que já existem?”, questiona assertivamente a ONG Arca Brasil.

Outros ainda esbarram na limitação financeira – que não deve ser julgada, mas pode ser resolvida. Na cidade de São Paulo, por exemplo, todo munícipe tem direito à castração gratuita – veja como funciona aqui.

Castrar não faz só bem para o seu animal; ajuda a fazer o bem para todos os animais. <3

Você também pode conferir outros textos sobre o assunto:

Castração! Vale a Pena? Minha Experiência.

Castração: Uma Atitude Responsável

Seu pet é ou não castrado? Conte para gente suas experiências e dúvidas:

Escrito por Carol Zerbato

Escritora, publicitária e ativista pelos direitos dos animais, Carol Zerbato já foi locutora e repórter; trabalhou com comunicação corporativa e assessoria de imprensa; e atuou como redatora e revisora. Foi uma das embaixadoras da campanha contra a Leishmaniose Canina e é uma das madrinhas do Santuário de Elefantes Brasil. É autora do livro Ativismo Consciente: A importância da Inteligência Emocional na Causa Animal, criadora da Cachorra Carol, palestrante e mãe de três filhos: Rachel, a mais velha, uma labralata; Deloris, a do meio, uma gata vira-lata; e Ben, o caçula, um humano.

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