Experimente ir a uma loja de animais ou pesquisar na internet em busca de opções de coleiras e guias para o seu cachorro. Você certamente encontrará opções diversas que tornarão a escolha um tanto difícil.
Nós passamos por isso quando buscamos a coleira ideal para nosso primeiro cão, um Pastor de Shetland chamado Max. A escolha impensada quase nos custou caro quando no meio de um passeio ele escapou da coleira e por pouco não foi atropelado.
Entendemos naquele momento o erro que cometemos: priorizamos o visual da coleira, esquecendo características igualmente (ou mais) importantes como segurança, controle e conforto.
Acredite, você não quer cometer esse erro e passar pelo que passamos.
No fundo tudo o que você deseja é a combinação dessas quatro características. E para ajudá-lo a tomar a melhor decisão, destacamos os quatro tipos mais comuns de coleiras para cachorro abaixo (incluindo aquele que o Max usava quando escapou!).
Índice
Continue lendo esse artigo para descobrir a diferença entre esses modelos e saber o que pensamos de cada um deles.
#1. Coleira padrão de pescoço
Esse é o tipo de coleira para cachorro mais comum que você encontrará na maioria das lojas. Comumente feita com fivelas de metal ou fechos de plástico. possui uma infinidade de cores e materiais que podem facilmente expressar seu estilo pessoal.
Muitos donos preferem coleiras com fivelas de metal por serem mais fortes. Os fechos plásticos (conhecidos como fechos de liberação rápida) são naturalmente menos resistentes.
Ao mesmo tempo, coleiras desse tipo feitas em couro tendem a durar mais e prender menos no pelo do animal quando comparadas às coleiras de nylon.
O que nós achamos dela?
Se seu cachorro é treinado e disciplinado durante as caminhadas, a coleira padrão provavelmente funcionará.
O problema com esse modelo é que alguns cães podem escapar delas. Isso costuma acontecer com aqueles muito peludos, ou que possuem o pescoço maior que a cabeça, como o Pitbull, Buldogue, Pug e Galgo.
Raças sensíveis tendem a “chicotear” durante as caminhadas ao menor sinal de perigo aparente. Isso foi o que ocorreu quando passeávamos com o Max e ele se assustou com um ônibus.
Você até pode reforçar a segurança apertando mais a fivela, mas isso vai comprometer o conforto dele durante todo o passeio.
Nossas notas
– Segurança
+ Controle
– Conforto
+ Estilo
#2. Peitoral
Os peitorais são projetados para serem posicionados ao redor do tórax e do abdome de um cão, cruzando as costas. Alguns donos preferem peitorais, especialmente para cães com tendência a puxar, porque não exercem pressão sobre o pescoço.
Em contrapartida, muitos treinadores afirmam que os peitorais apenas encorajam os puxões. Faz sentido, tendo em vista terem sido desenvolvidos para cães de carga (você já deve ter assistido um filme com um cão puxando um trenó através de um peitoral).
O que nós achamos dele?
Se você possui um cachorro com problemas médicos comprovados no pescoço ou vias aéreas, o peitoral é sem dúvida a melhor escolha. Alguns cães como Pugs e Boston Terriers são propensos ao Colapso Traqueal (quando a traquéia do cão fica danificada, restringindo a via aérea e às vezes requerendo cirurgia).
Mas se não for o caso e seu cão estiver acostumado a puxar durante as caminhadas, as chances são grandes do peitoral estar contribuindo para reforçar esse comportamento indesejado. Peitorais não permitem o redirecionamento durante a caminhada e naturalmente fazem uma força contrária à direção do cão quando você puxa a guia.
Esse é um poderoso incentivo para que seu amigo puxe ainda mais. Esse modelo basicamente passa a mensagem para o seu cão que ele deve puxar o que vem atrás (no caso, você).
Ps. O uso dele também pode causar deslocamento de ombro em cães muito fortes que não são geneticamente preparados para suportar essa carga. Por essas razões só recomendamos o uso de peitorais se o seu cachorro for disciplinado e você tiver domínio durante o passeio.
Nossas notas
+ Segurança
– Controle
+ Conforto
+ Estilo
#3. Enforcador
Muitas vezes chamado de coleira de obediência ou corrente de estrangulamento, essas coleiras destinam-se apenas para fins de treinamento. Ao treinar um cão para andar ao lado, redirecionamentos são feitos com um rápido puxão na coleira, fazendo com que ela se feche no pescoço do cachorro.
Com o tempo muitos treinadores se afastaram desse método porque essa coleira pode danificar o pescoço do seu cão. Se você optar por um enforcador, seja de metal ou nylon, aprenda a usá-lo corretamente.
O que nós achamos dele?
Como tudo na vida, o adestramento canino evoluiu nas últimas décadas. Por isso, mesmo que um adestrador experiente lhe diga que esse é o melhor método, saiba que o adestramento positivo tem se mostrado mais eficaz e humano, trazendo resultados fantásticos.
Os enforcadores pode ser eficazes para o controle e segurança, mas comprometem o conforto e saúde do seu cão, o que deve ser levado em consideração. Por isso costumamos dizer que “se algo não fica confortável no seu pescoço, provavelmente não ficará no pescoço do seu melhor amigo”.
Nossas notas
– Segurança
+ Controle
– Conforto
– Estilo
#4. Coleira Martingale
A Martingale foi inicialmente concebida para evitar que os cães escorreguem das coleiras enquanto caminham e “chicoteiam”, sendo justamente indicadas para raças muito peludas ou com o pescoço maior que a cabeça.
Esse modelo fica folgado no pescoço do cão a maior parte do tempo e, embora aperte quando a guia é puxada, existe um mecanismo limitador para impedir que ela pressione demais o pescoço do cão.
Graças a esse mecanismo, a Martingale garante as vantagens presentes em um enforcador (segurança e controle) sem comprometer o conforto e saúde do animal.
Feitas em nylon, couro ou tecido, esse modelo está disponível em uma variedade de cores e texturas. Infelizmente, por possuir uma produção mais complexa e essencialmente manual, é mais difícil de ser encontrada no Brasil.
O que nós achamos dela?
Percebemos em tempo que Martingale é o único modelo que garante segurança, controle, conforto e estilo (nessa ordem).
– Segurança graças ao sistema anti-fuga, que impede acidentes em situações extremas.
– Controle porque permite um redirecionamento eficaz, minimizando os puxões e facilitando o treinamento.
– Conforto porque fica folgada a maior parte do tempo, apertando somente quando exigida (e sem exageros).
– Estilo graças a variedade de materiais e cores presentes.
Esse foi o modelo adotado por nós após o incidente com o Max. Assustados com o ocorrido, pesquisamos profundamente até encontrar esse modelo e descobrir que encontrá-lo no Brasil não era uma tarefa fácil.
Por isso, e encantados com as vantagens da Martingale, decidimos produzir um modelo próprio e contribuir para que pessoas como você não passem pelo susto que passamos, evitando algo pior.
Conheça mais a Coleira Martingale
Nossas notas
+ Segurança
+ Controle
+ Conforto
+ Estilo
Conclusão
Nosso objetivo era apresentar a você os 4 tipos de coleira mais comuns, mostrando a função principal, além dos pontos positivos e negativos de cada uma. Com essas informações você agora pode tomar a melhor decisão em benefício do seu cão, que é o objetivo principal disso tudo.
Pesquise e busque mais fontes se achar necessário. A escolha da coleira ideal é fundamental para garantir a segurança do animal e obter mais controle durante as caminhadas.
Lembre-se. Optar pelo modelo errado pode reforçar seu problema atual e tornar o passeio uma dor de cabeça, em vez de um momento prazeroso.
E agora que você sabe a diferença entre cada uma, que tal ler as 7 dicas para escolher a melhor coleira para o seu cachorro?