O termo médico dirofilariose canina pode até não ser muito conhecido. Mas, se você tem cachorro, é bem possível que já tenha ouvido falar no verme do coração em algum momento.
Considerada uma zoonose, a doença parasitária cardiopulmonar afeta principalmente os cães, sejam eles domésticos ou silvestres.
E sua incidência costuma ser maior nas estações mais quentes, quando muitos tutores levam seus pets para a praia.
Índice
Dirofilariose Canina: Tudo que você precisa conhecer sobre o Verme do Coração
Causa e transmissão da dirofilariose canina
O agente causador da dirofilariose canina é o Dirofilaria immitis, um parasita nematoide semelhante à lombriga, mas que se aloja no coração dos cães quando atinge a fase adulta.
Sua transmissão ocorre por meio da picada de mosquitos hematófago, como o Aedes Aegypti, que tenham picado outro hospedeiro infectado previamente.
A partir daí, tem início um novo ciclo da doença, que se dá conforme abaixo:
- Um mosquito pica um hospedeiro infectado, ingerindo as microfilárias (larvas em primeiro estágio) de D. immitis presentes na corrente sanguínea do animal;
- Com o mosquito servindo de hospedeiro intermediário (aproximadamente 2 semanas), as larvas irão se desenvolver e migrar do tórax para o aparelho picador, onde passam a ser liberadas nas picadas;
- Já na corrente sanguínea do cão saudável, as larvas vão para o tecido subcutâneo e muscular, onde se tornam jovens adultas em entre 3 a 4 dias;
- Após aproximadamente 100 dias, as larvas chegam ao coração, alojando-se no ventrículo direito e nas artérias pulmonares do hospedeiro. Ali, elas atingem a maturidade sexual, acasalam e liberam novas microfilárias na corrente sanguínea do hospedeiro, começando um novo ciclo.
- Essas larvas só chegam na corrente sanguínea periférica entre 6 a 8 meses após a infecção. Isso significa que, antes desse período, não é possível detectar a doença por meio de análises de sangue.
Texto relacionado: Saiba Tudo Sobre a Leishmaniose Canina
Sintomas de verme em cachorro
A gravidade da doença está relacionada diretamente com a quantidade de vermes que o portador possui, com a duração da infecção e com a resposta individual do hospedeiro.
Por isso mesmo, é difícil saber quando o cão está com dirofilariose, já que os recém-infectados quase sempre são assintomáticos.
Conforme a doença progride, no entanto, estes são os sintomas de verme em cachorro mais comuns:
- Tosse crônica;
- Intolerância ao exercício;
- Fraqueza;
- Taquipneia (respiração acelerada);
- Dispneia (respiração rápida e curta);
- Perda de peso.
Os sintomas mais graves estão relacionados à maior presença de vermes adultos nas artérias pulmonares.
Ela resulta em hipertensão pulmonar crônica, e leva à insuficiência cardíaca congestiva direita”, explica. “Isso pode, inclusive, causar a morte do pet, completa.
Diagnóstico e tratamento da dirofilariose
Como sempre, quanto antes for diagnosticada a doença, mais rápido, fácil e eficaz será o tratamento.
No caso do verme do coração, diversos exames podem ser feitos para identificar o parasita. Entre eles, o ecocardiograma e análises de amostras sanguíneas no microscópio, como o teste Elisa e o método de Knott.
Outros exames, como hemograma, bioquímica sérica, urinálise e radiografias torácicas também podem ser solicitados pelo veterinário a fim de verificar a gravidade das alterações causadas pela dirofilariose no pet.
Se diagnosticada cedo, a dirofilariose poderá ser tratada com sucesso, obtendo-se a cura sem sequelas.
Por ter muitos efeitos adversos, incluindo o risco de embolia pelos vermes mortos, o tratamento adulticida só deve ser feito em cães com condições físicas adequadas.
Já a cirurgia para a remoção dos vermes adultos é indicada quando ocorre a Síndrome Caval. Isto é, quando há bloqueio da veia Cava, sendo necessário restabelecer imediatamente o fluxo sanguíneo.
Prevenção da dirofilariose canina
Para qualquer doença, o melhor remédio ainda é a prevenção. E com o verme do coração não é diferente!
Assim como com outras patologias transmitidas por mosquitos, a veterinária explica que o verme no coração do cachorro tem cura, e a melhor solução seria o controle dos hospedeiros intermediários.
Como isso é bastante complicado, o ideal é prevenir que o cão seja picado pelo vetor, alerta.
A boa notícia é que, hoje em dia, a marca Virbac já conta com diversos produtos repelentes que são seguros para os peludos. Entre as opções estão Endogard, pipetas para ser usadas sobre a pele, entre outros.
Outra opção é conversar com o veterinário a respeito de comprimidos ou de produtos injetáveis que afastam os mosquitos.
Me envie um feedback em minhas redes sociais,
@isadorahostin ou @medvet_veterana
Colaboração: Thabatta Tomel
Contato: thabatta_tom@hotmail.com
Você já conhecia essa doença que acomete os peludinhos caninos? Deixa seu comentário aqui embaixo pra gente!