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Pandemia: como ela afeta os cães?

Com a pandemia do COVID e o isolamento social, muitas pessoas passaram a trabalhar em casa na companhia dos seus pets ou até mesmo adotaram ou adquiriram um filhote nesse período. E qual o impacto da pandemia nesses cães?

Por conta da pandemia, muitas pessoas diminuíram ou aboliram os passeios com os cães, mas esse tempo de passeio é muito importante para a socialização deles. Como vimos em outro artigo, os filhotes possuem um período da vida chamado de fase da socialização (de 4 a 12 semanas de vida), que é um dos estágios mais importantes da vida de um cão!

Nesse período ele está mais aberto às experiências e a conhecer o mundo ao seu redor e é muito importante apresentar vários estímulos ao filhote de forma gentil para que ele se acostume e não se assuste (apresentar outros cães, vacinados, e outras pessoas).

Mas os filhotes da pandemia praticamente não tiveram a oportunidade de conviver com outros cães e pessoas e por isso podem ter mais probabilidade de desenvolver problemas de comportamento relacionados à falta de socialização, como medo, ansiedade até reatividade e, além disso, com a volta de alguns tutores ao trabalho, muitos podem desenvolver problemas relacionados à separação (quando o cão fica sozinho ele pode ficar muito nervoso, latir muito e até fazer xixi e estragar coisas na casa).

Mas isso não é uma sentença para seu filhote! Pode ser que ele tenha mais probabilidade de desenvolver esses problemas, mas ele não está condenado a isso. A Pepper foi um filhote da pandemia, mas conseguimos fazer uma boa socialização com outros cães e ela não tem medo.

Como evitar a ansiedade de separação

Foto: @joy.2theworld

Apesar disso, o isolamento social e o tempo em casa com nossos pets foi sim positivo, pois tivemos a oportunidade de nos dedicar mais a eles, observar comportamentos que antes passavam despercebidos e procurar um veterinário. E além disso, esse tempo a mais com eles é muito importante para prevenir esses problemas citados acima. Algumas dicas:

1. Se você ainda está em home office, não fique o tempo todo com seu cão, deixe-o algum tempo em um cômodo diferente do que você está, mas sempre com algo bom para ele fazer (como um brinquedo recheado ou algo para roer), pois deve ser uma experiência positiva para ele. Assim, aos poucos ele aprende a ser independente.

2. Passeie em locais e horários tranquilos e leve seu filhote com você, mesmo que no carro ou no colo, para ver o movimento na rua e ter contato, mesmo de longe com outras pessoas.

O mais importante é prevenir ou se você percebe que seu filhote já tem algumas dificuldades nesse sentido, procure um adestrador positivo para te ajudar. No perfil @indicacaopositiva do Instagram há vários profissionais do país todo que podem ajudar.

E, além disso, você pode participar de um estudo da PUC sobre o impacto da pandemia no comportamento dos cães e ajudar pesquisadores a entender melhor o que fazer. Você pode participar preenchendo o formulário do link acima, respondendo as questões apresentadas.

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Escrito por Maíra

Sou formada em Letras pelas FAAT - Faculdades Atibaia e "quase" adestradora. Mamily da Joy e da Pepper que me deram coragem de buscar fazer o que realmente gosto: trabalhar com animais e ajudar as pessoas a melhorarem seu relacionamento com seus pets através da educação canina.

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