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Adote um golfinho: saiba como funciona

Você pode ajudar o primeiro Centro de Reabilitação, Libertação e Aposentadoria de golfinhos a cuidar desses animais tão explorados pela indústria que lucra com a privação de liberdade da vida selvagem e que, agora, têm uma segunda chance

Em 2019, a organização americana Dolphin Project – que atua há mais de 50 anos reabilitando golfinhos cativos explorados pela indústria do entretenimento com animais selvagens e educando o público sobre a crueldade desses shows e interações – criou o primeiro Centro de Reabilitação, Liberação e Aposentadoria de golfinhos do mundo, em West Bali, na Indonésia: um ambiente seguro e curativo para os cetáceos resgatados.

Os primeiros residentes são Java, Rocky e Rambo, golfinhos capturados da natureza do mar de Java, ao sul do Oceano Pacífico, e encarcerados em uma piscina rasa e exageradamente clorada ao norte de Bali, também na Indonésia.

Site: www.dolphinproject.com


Agora resgatados, os três estão sob um robusto programa de proteção e reabilitação, recebendo os cuidados adequados 24 horas por dia, sete dias por semana, e sendo submetidos a avaliações regulares para uma possível libertação pela equipe da organização, cujo principal objetivo é oferecer a esses animais uma vida o mais natural e independente possível.

E nós podemos ajudar a dar continuidade a esse trabalho no programa Adote um Golfinho.

Adote o Rocky

Rocky foi violentamente capturado nas águas de Java e passou vários anos preso em uma piscina no Melka Excelsior Hotel, no norte de Bali. O período em cativeiro fez com que perdesse peso e força, além dos danos causados à sua saúde mental. Está em processo de recuperação desde 2019, quando chegou ao Centro.

Adote o Rambo

Rambo foi arrancado de sua família em uma captura violenta e cruel. Foi confinado em uma piscina no mesmo hotel em que estava Rocky, com o propósito de entreter multidões de turistas com performances e truques. Desde que chegou ao Centro, Rambo rejuvenesceu: está cheio de saúde, energia e vida.

Adote o Johnny

Johnny, um dos golfinhos que fazem parte do projeto

Também capturado no mar de Java, Johnny viveu vários anos isolado em uma piscina no mesmo hotel em que Rocky e Rambo eram mantidos. Os produtos químicos usados para o tratamento da água o deixaram cego. Johny também não tem mais nenhum dente e sua nadadeira peitoral direita sofreu danos permanentes. Foi resgatado em 2019 e ganhou peso desde então. Passa os dias explorando o cercado marinho, em que, embora limitado por conta de suas condições, pode desfrutar dos ritmos e sons naturais do mar.

A doação mínima recomendada é de US$ 25 para receber um certificado de adoção personalizado e atualizações trimestrais sobre o golfinho adotado.

Certificado de adoção de Carol Zerbato (autora do texto)

No entanto, por conta da crise sanitária e econômica que estamos enfrentando (no caso do Brasil ainda, como para gente a quantia é mais significativa por causa da conversão de moeda, fui acompanhando a cotação para concluir) – o sistema aceita doações a partir de US$ 1. O que fizemos com o passado deles não tem preço. Mas todo e qualquer valor contribui para que eles tenham um presente e um futuro dignos.

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Escrito por Carol Zerbato

Escritora, publicitária e ativista pelos direitos dos animais, Carol Zerbato já foi locutora e repórter; trabalhou com comunicação corporativa e assessoria de imprensa; e atuou como redatora e revisora. Foi uma das embaixadoras da campanha contra a Leishmaniose Canina e é uma das madrinhas do Santuário de Elefantes Brasil. É autora do livro Ativismo Consciente: A importância da Inteligência Emocional na Causa Animal, criadora da Cachorra Carol, palestrante e mãe de três filhos: Rachel, a mais velha, uma labralata; Deloris, a do meio, uma gata vira-lata; e Ben, o caçula, um humano.

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