O que é Esporotricose? A esporotricose é uma infecção causada pelo fungo Sporothrix schenckii ou Sporothrix brasiliensis (mais comum no Brasil).
Em geral, a infecção afeta a pele, causando lesões ulceradas que não cicatrizam, principalmente, na região da face ou nas extremidades distais dos membros, cabeça e cauda.
Índice
Saiba mais sobre a esporotricose
Como ela é transmitida?
O fungo sobrevive na forma de esporos no solo, madeiras e plantas. A sua transmissão ocorre quando esses esporos penetram no corpo do animal através de feridas e arranhões.
A doença é mais comum em gatos de vida livre ou cães de caça, pois estes estão em maior contato com a terra ou expostos à ataques de animais infectados que podem transmitir a esporotricose.
A transmissão do fungo pela inalação dos esporos também pode ocorrer, mas é bem rara. Nesse caso, a esporotricose costuma levar a uma infecção pulmonar ao invés de lesões na pele.
Como a esporotricose se manifesta?
As formas mais vistas são a esporotricose cutânea e a linfocutânea, que envolvem apenas a pele ou a pele e os linfonodos. Os principais sintomas encontrados são apresentados como lesões de pele ulceradas, nódulos exsudativos, linfadenomegalia, apatia, anorexia, febre, entre outros na forma casual da enferidade.
A esporotricose pulmonar é mais incomum e apresenta tosse, febre e falta de ar, sintomas semelhantes à uma pneumonia.
Como é feito o diagnóstico?
Para o diagnóstico, deve-se realizar o exame citológico a partir do exsudato das lesões ou do material aspirado de nódulos sobre a pele. Também pode ser detectada através da cultura do fungo ou pela procura de anticorpos no soro sanguíneo via RIFI.
Tem tratamento?
Sim, a esporotricose tem tratamento. Nele se faz o uso de antifúngico junto à alimentação do animal e as dosagens devem ser mantidas por cerca de 30 dias após o desaparecimento dos sinais clínicos.
O tempo de tratamento varia de acordo com a gravidade do caso, podendo durar meses ou mais de um ano, devendo ser obedecido rigorosamente durante todo o processo.
Mas lembre-se de NUNCA medicar seu animal sem antes visitar um médico veterinário e realizar os exames necessários para a comprovação da doença.
É transmissível para humanos?
Veterinários e tutores devem estar sempre em alerta pois podem estar expostos à esporotricose. Ela possui um elevado potencial zoonótico e pode ser transmitida do animal doente aos humanos por mordidas e arranhaduras.
A esporotricose pode se manifestar em humanos como um “caroço” vermelho que evolui para feridas e pode progredir, atingindo o sistema linfático.
O animal com suspeita de esporotricose deve ser mantido em um local isolado de outros animais para evitar uma nova contaminação e precisa ser levado ao veterinário para dar início ao tratamento.
Como prevenir?
Uma forma bem eficiente de prevenir a esporotricose é restringir o acesso dos gatos à rua, onde ficam expostos não só a esporotricose como a outras doenças transmissíveis.
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