A peritonite infecciosa felina ou PIF é uma doença causada pelo coronavírus felino (FCoV) muito frequente em gatos por todo o mundo, principalmente em casos de aglomeração como abrigos e gatis.
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Ela pode se manifestar de duas formas diferentes, efusiva (úmida) ou não efusiva (seca).
A PIF úmida é caracterizada pelo acúmulo de líquido no abdômen deixando ele abaulado e podendo estar presente em outras cavidades também, como no tórax e no pericárdio. Outros sintomas também podem ser vistos, animais com acúmulo de líquido no tórax por exemplo, podem ter falta de ar devido à compressão do pulmão.
Já a PIF seca é mais difícil de ser diagnosticada, pois o vírus pode causar lesões em diversos órgãos, principalmente os mais vascularizados, que resultam em sinais muito variáveis de acordo com a área afetada.
Febre, anorexia e letargia também são sinais comumente encontrados em ambas as formas de peritonite infecciosa felina.
Alguns animais possuem fatores de risco e apresentam maior probabilidade de desenvolver a doença contraindo o vírus.
São eles os filhotes (menores de um ano), devido à sua imunidade baixa, gatos FeLV positivos ou com doenças respiratórias e animais em situação de estresse, desnutrição ou que estejam sendo submetidos à tratamentos imunossupressores (com corticóides, por exemplo).
O diagnóstico da PIF nem sempre é conclusivo e deve ser feito com base na junção de diversos fatores como o histórico do animal, os sinais e achados clínicos, além de achados laboratoriais (análises do líquido acumulado, entre outros).
As provas sorológicas não diferenciam as cepas do Coronavírus, que também pode se apresentar na forma entérica (que normalmente leva a uma enterite com diarréia), podendo gerar conclusões erradas à respeito do quadro clínico do animal.
Tem tratamento?
A parte mais triste é que a peritonite infecciosa felina não possui tratamento específico e a terapia é em sua grande maioria, ineficaz levando os animais à óbito em até 12 semanas da infecção.
Como prevenir?
O que se faz é manter a qualidade de vida desses gatos, removendo o excesso do líquido periodicamente através da abdominocentese ou toracocentese. Casos de febre não respondem ao uso de antibióticos e o uso de corticóides ainda é questionável.
Não existem vacinas que previnam o FCoV, mas alguns cuidados devem ser tomados para reduzirmos a possibilidade de ocorrência da doença.
O Coronavírus felino é muito resistente e permanece no ambiente por até 7 semanas, porém ele pode ser inativado por desinfetantes, assim, a limpeza do ambiente em que seus animais vivem é de extrema importância.
Uma outra medida a ser tomada em casas com mais de um gato é a disposição de uma caixa de areia por animal + uma caixa extra. Deste modo, se você possui 5 gatos em casa, deve ter 6 caixas de areia.
Isso se torna importante pois o vírus pode ser transmitido através das fezes do animal infectado. Ao defecar, o gato portador elimina o vírus nas fezes, se muitos gatos usam a mesma caixa de areia tem mais chances de adquirirem o vírus.
Tigelas também devem ser separadas, apesar da transmissão pela saliva ser mais comum em colônias, ela também pode acontecer.
Recomendações importantes
Restringir o acesso à rua é muito importante, evitando o contato com gatos desconhecidos e prevenindo não só a infecção pelo coronavírus, como também outras doenças infecciosas.
Além disso, ao introduzir um novo gato em casa, consulte sempre um médico veterinário para garantir a saúde dos seus outros animais.
Consulte sempre um médico veterinário na presença de qualquer sinal fora do normal!
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