Adestramento de pet: principais equipamentos – coleiras

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O uso dos equipamentos certos faz toda a diferença no processo e no resultado de treinamentos e adestramento dos pets. Confira a importância das coleira no conteúdo a seguir!

Em ambientes externos, o cão deve sempre estar de coleira, independentemente do tutor o estar treinando ou não.
A coleira, além permitir que o tutor o contenha em situações de emergência, segurando-a, também possibilita, se tiver o nome e o telefone gravados, a identificação do cão, caso ele fuja ou se perca.

A coleira, assim como qualquer equipamento de contenção, deve ser confiável. É preciso ter certeza de que ela não arrebentará quando o tutor estiver contendo o cão para que ele não atravesse uma avenida, por exemplo. Além de confiável, ela deverá ser confortável e antialérgica.

O que considerar na hora de escolher uma coleira

Cachorro sentado de coleira
Foto: Freepik

A coleira deve estar justa ao corpo do cão para evitar que ele se enrosque em algo e possa se machucar. Para isso, é necessário ajustar a coleira de modo que seja possível enfiar o dedo entre ela e o corpo do cão sem esforço, mas também sem espaço de sobra.

É comum alguns cães desenvolverem alergia à coleira, portanto, caso isto ocorra, é necessário procurar uma coleira de outro material.

É importante colocar algum tipo de identificação na coleira para que o cão possa ser devolvido caso se perca ou fuja.

A coleira pode ser colocada no cão desde o período em que ele ainda é um filhote, mas deve-se reajustar o tamanho com frequência, já que os filhotes crescem muito rápido.

Caso o cão fique muito inquieto ou se machuque tentando tirá-la, ela pode ser colocada por períodos curtos nas horas de distração ou ao alimentá-lo, aumentando aos poucos o tempo em que o cão fica com ela.

Modelos de coleiras mais utilizados

Cachorro de coleira peitoral esperando para passear
Foto: Freepik

•   Coleiras de pescoço: iIdeal para o uso diário, e também é muito útil para colocar a placa de identificação;

•   Gentle Leader: de início, pode parecer um pouco desconfortável, mas ela não causa desconforto ao cão. Por ser uma coleira de cabeça, toda vez que o cão puxa a guia, a cabeça dele vira automaticamente, o que o faz aprender a parar de puxar. Esse tipo de coleira é ótima para cães muito ativos ​​que tendem a puxar e saltar;

•   Martingale: a coleira possui um anel de metal em cada extremidade, com um laço separado, que passa através dos dois anéis para criar o colarinho. A coleira aperta contra o pescoço do cão se ele puxa ou tenta escapar da coleira;

•   Easy Walk: conhecido também como anti-puxão, esse modelo se difere por prender a guia na parte da frente. Por isso, quando o cão puxar, ela fará com que ele seja rotacionado para dentro, dando muito mais controle ao tutor e evitando que o cão puxe sem causar dor ou algum incômodo;

•   Peitoral: um dos modelos mais usados, pode ser do tipo coleira mesmo ou colete. Embora seja mais usada por cães de pequeno porte, é recomendada para todos os cães, independentemente de seu porte físico, e garante muito conforto  a eles;

•   Enforcador: são úteis pois fica mais fácil de controlar o cão, diminuindo a força com que ele será capaz de puxar durante o passeio. Extrema cautela deve ser empregada quando utilizar essa coleira. Se usado corretamente, não oferece risco algum à saúde e segurança do cão. Os modelos de aço e com/sem garras devem ser evitados pois podem causar lesões graves;

•   Focinheira: embora este item não seja um tipo de coleira de fato, é um acessório essencial de acompanhamento para algumas (ou todas) as ocasiões. Alguns cães precisam usar durante as caminhadas, pois eles podem oferecer riscos a outros animais ou pessoas. Inclusive algumas raças só podem circular na rua com o uso de focinheira.

Costuma ser um objeto polêmico entre os tutores, pois existe muito preconceito em torno do tema. Muitos associam o equipamento a algo ruim, como se o cão estivesse sofrendo ao usá-la. Realmente, seu visual não passa uma boa impressão, mas existem reais benefícios por trás dela. 

Além de proteção, a focinheira também pode ser usada para corrigir o comportamento do cão. Por exemplo, ela pode ser bem útil se o cão tem o costume de comer alimentos que estão no lixo ou na rua durante os passeios. Também pode ser utilizada para impedir que ele passe a língua em feridas, arriscando pegar uma infecção.

Alguns cães não são brecados com o uso do colar elizabetano (o popular “cone” ou “abajur”). No caso desta situação, então a focinheira pode ser uma solução. 

A focinheira precisa ser resistente, segura, de qualidade e apropriada para o porte do cão. Além disso, deve permitir que ele transpire e beba água. Os três modelos mais comuns são:

•   Focinheira de cesta ou de grade;

•   Focinheira de tecido ou nylon;

•   Focinheira de adestramento ou de passeio.

A focinheira deve ser introduzida aos poucos ao cão, pois, como é uma novidade, no começo é natural ele se sentir incomodado com o equipamento e tentar tirá-lo. É importante que os tutores entendam que o seu uso é para garantir a segurança das pessoas e do próprio cão.

Esse equipamento não deve ser utilizado em qualquer situação, pois pode ser associado de forma negativa. Por isso ela jamais deve ser usada como método de castigo, para tratar ansiedade de separação, para evitar que o cão lata, por  muito tempo seguido e, principalmente, sem supervisão.

A importância do uso de guias

Cachorro passeando de guia azul
Foto: Freepik

A guia é simplesmente imprescindível para conduzir e conter os cães durante os passeios, pois, além de definir o grau de liberdade deles, é com a guia que o condutor impõe o seu controle sobre o animal.

As guias devem ser bem presas às coleiras, independentemente do tipo, e resistentes o suficiente para impedir que o cão se solte. Elas jamais devem abrir, rasgar ou estourar.

Os tipos de guias são diversos, de comprimentos e materiais variados. Decidir a guia certa pode ser complicado, dependendo do cão. Às vezes o tutor pode achar que a guia usada para ensinar o cão em casa é perfeita e, quando sai para a rua, ela causa problemas. É bom conhecer as opções. Para decidir qual o modelo ideal, é preciso entender quais são as necessidades e qual a relação que o cão tem com a guia.

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Piero Giuntoli

Escrito por Piero Giuntoli

Apaixonado por cães desde pequeno, o adestrador e especialista em comportamento canino Piero Giuntoli é formado em Publicidade e trabalhou durante sete anos no setor de entretenimento e produção audiovisual.

Em 2014, após decidir mudar de área e se especializar em psicologia canina, criou a FitDog Adestramento & Consultoria Comportamental com o objetivo de melhorar a convivência entre famílias e cães, com qualidade de vida e reduzindo assim a possibilidade de rejeição e de abandono.

Site: fitdog.com.br

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