Fonofobia: seu cachorro tem medo de barulho?

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Seu cachorro tem medo de sons altos? Saiba que isso tem nome: fonofobia. Entenda como lidar com o medo do seu pet da maneira correta, no conteúdo a seguir.

Para poder entender melhor, é importante diferenciar o medo e a fobia.

O medo é o sentimento de apreensão associado à presença ou proximidade de um objeto, pessoa, ou situação específica. O medo é algo normal, que faz parte do desenvolvimento e que é superado diante das situações que são apresentadas ao cão no decorrer da vida.

Já a fobia pode ser definida como um medo excessivo e persistente diante de um determinado estímulo. É uma resposta que o animal demonstra sendo esta imediata, aguda, profunda, anormal, traduzida como um comportamento de medo extremo, comparada ao pânico

Diferentemente do medo, a fobia não é extinta com a gradual exposição do cão ao que gera o desespero. Ela tem um diagnóstico difícil e é complicado, quando não impossível, o seu tratamento.

Os cães têm medo ou fobia?

Os cães podem sofrer de vários medos e fobias diferentes. Essas fobias podem ter várias causas , incluindo a falta de socialização precoce, genética ou uma experiência negativa.

Os medos e fobias de um cão podem provocar palpitações, taquicardia, salivação, tremores, sensação de insuficiência respiratória, latidos excessivos, falta de ar, náuseas, atordoamento, sensação de irrealidade, perda de controle e medo de morrer nos animais. Muitas vezes, os animais, por sentirem medo extremo, acabam fugindo.

Afinal, o que é fonofobia?

A fonofobia (medo de sons altos) é relativamente normal, mas o problema é que alguns tutores possuem a mania de interagir, acariciar e até mesmo dar colo ao cão quando ele se assusta de forma repentina. Ao invés de ajudar, isso acaba estimulando o medo do cão, que associa o medo ao carinho, e toda vez fará isso. Muitos tutores demonstram preocupação antes mesmo dos fogos, e a linguagem corporal deixa o cão mais ansioso e com medo.

O correto é deixá-lo à vontade dentro de casa e minimizar os efeitos sonoros. Nesse momento, o ideal é camuflar o som, pode ser ao ligar a TV ou o rádio e fechar portas e janelas. É normal ele se esconder para tentar se sentir confortável. É importante não forçá-lo a fazer o que ele não queira.

Em casos mais severos, quando tudo isso não funciona, a dessensibilização é a melhor alternativa.

O exercício de dessensibilização tem como objetivo acostumar o cão com sons altos, de forma gradativa e sempre com a associação positiva. Pode ser usado algum vídeo com o som de fogos de artifício, por exemplo; no início é fundamental que o volume esteja baixo o suficiente para que o cão não demonstre medo.

Deixe-o ouvir em volume baixo, várias vezes ao dia. Se ele não demonstrar nenhum desconforto, associe o som com alguma coisa que ele goste, por exemplo, carinho, petiscos ou brincadeiras.

Ao longo dos dias, aumente o volume do som, deixe-o associar barulho de fogos. Com o tempo, ele irá se acostumar e associar o barulho com algo positivo, e assim, irá diminuir sua fonofobia.


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Piero Giuntoli

Escrito por Piero Giuntoli

Apaixonado por cães desde pequeno, o adestrador e especialista em comportamento canino Piero Giuntoli é formado em Publicidade e trabalhou durante sete anos no setor de entretenimento e produção audiovisual.

Em 2014, após decidir mudar de área e se especializar em psicologia canina, criou a FitDog Adestramento & Consultoria Comportamental com o objetivo de melhorar a convivência entre famílias e cães, com qualidade de vida e reduzindo assim a possibilidade de rejeição e de abandono.

Site: fitdog.com.br

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